Outubro
Rosa é
uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades no mês de
outubro dirigida a sociedade e as mulheres sobre a importância da prevenção e
do diagnóstico precoce do câncer de mama.
O movimento começou a
surgir em 1990 na primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, e desde
então, promovida anualmente na cidade. Entretanto, somente em 1997 é que
entidades das cidades de Yuba e Lodi, também nos Estados Unidos, começaram a
promover atividades voltadas ao diagnóstico e prevenção da doença, escolhendo o
mês de outubro como epicentro das ações. Hoje o Outubro rosa é realizado em
vários lugares.
A clínica Mater Prime
não só apoia o movimento Outubro Rosa,
como também vem desenvolvendo um trabalho de conscientização da população sobre
a importância dos tratamentos de preservação
da fertilidade para pacientes diagnosticadas com câncer. Vale lembrar que
além da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, a implementação
de modernos regimes de quimioterapia vêm diminuído as taxas de mortalidade pela
doença. Entretanto, como consequência do tratamento quimioterápico, essas
mulheres sobreviventes ao câncer frequentemente apresentam falência ovariana
precoce e infertilidade. Isso tem um impacto negativo na qualidade de vida dessas
mulheres, que muitas vezes desconhecem os efeitos colaterais de tais
tratamentos e sonham em ter filhos após o tratamento.
Entre as opções de
tratamento disponíveis para a preservação da fertilidade temos:
Congelamento de embriões
Durante este processo,
realizamos o estímulo ovariano para promover o crescimento dos folículos e o
amadurecimento dos óvulos, que depois são retirados e fertilizados com
espermatozóides através de fertilização in vitro (FIV) para criar embriões. Os
embriões são então congelados para uso futuro. Todo o processo pode levar até
três semanas.
Congelamento de óvulos
Esta é uma nova
tecnologia que está começando a mostrar bons resultados e, de acordo com a
Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, não é mais considerada experimental.
Este processo é exatamente o mesmo como descrito para a congelamento de
embriões, exceto que os óvulos não são fertilizados antes do congelamento. Esta
é uma boa opção para as mulheres solteiras que não têm um parceiro e não
desejam usar banco de sêmen de doador. Todo o processo pode levar até três
semanas.
Congelamento de tecido ovariano
Um ovário inteiro é
removido cirurgicamente e a superfície exterior (córtex), que contém os óvulos
é congelada em tiras para utilização no futuro. As mulheres que são
sobreviventes ao câncer podem ter essas tiras de tecido ovariano descongeladas e
transplantadas de volta. Atualmente temos no mundo 24 nascidos vivos (e quatro
gravidezes em andamento) após o uso desta técnica. Essa técnica é considerada
experimental, mas pode ser a melhor opção para a mulher que deve iniciar seu
tratamento imediatamente.
Transposição ovariana
Os cirurgiões podem
afastar os ovários cirurgicamente para longe do campo de irradiação da
radioterapia. O objetivo da cirurgia é posicionar os ovários numa localização dentro
da pelve onde ainda possam funcionar adequadamente, porém fora do campo de
irradiação. Esta técnica não protege os ovários contra os efeitos da
quimioterapia.
Os procedimentos
listados acima têm diferentes riscos e taxas de sucesso. Algumas opções podem
não ser recomendado para certos tipos de câncer ou doença. Além disso vale
mencionar que alguns tratamentos possuem um menor risco de infertilidade,
diminuindo a necessidade dos procedimentos de preservação da fertilidade. Independente da realização ou não de
tais procedimentos, a consulta com especialistas em reprodução humana é
essencial para total elucidação dos potenciais riscos de falência ovariana e
infertilidade e discussão da real necessidade dos procedimentos de preservação da fertilidade.
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