quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Oncofertilidade ajuda pacientes com câncer a terem filhos!




Para reverter os danos causados ao aparelho reprodutivo pelos tratamentos feitos ao câncer, como químio e radioterapia, nasceu a oncofertilidade: uma subespecialidade médica que cuida da fertilidade dos paciantes com a doença. Os tratamentos contra o câncer podem induzir à menopausa precoce e a infertilidade em mulheres em idade reprodutiva. 

A preocupação com os pacientes e não apenas com a doença é primordial para a sua qualidade de vida. É vital a integração da equipe médica para poder oferecer o que há de melhor para os pacientes. Além disso, exercer uma medicina diferenciada e saber ouvir os desejos, os sonhos e as angústias dos pacientes.

Segundo dados do Inca, em 2012 são esperados 520 mil novos casos de câncer no país. No Brasil os cânceres de mama e próstata são os que mais crescem em todas as faixas etárias, sendo que 8% ocorrem antes dos 40 anos de idade. 


Como funciona?



Antes de passar pelo procedimento, a mulher precisa fazer uma série de exames preliminares, como avaliação de reserva funcional dos ovários, dosagem do hormônio folículo estimulante (FSH) e ultrassom transvaginal para contagem de folículos antrais. São obrigatórios os exames de sorologia para Hepatites B e C, HIV, VDRL e HTLV. Para que o procedimento seja feito, a mulher deve passar por uma estimulação ovariana, feita com hormônios, para produzir mais óvulos.

A retirada dos óvulos é realizada com uma agulha acoplada ao transdutor do aparelho de ultrassom, via vaginal, fazendo punções no ovário. A estimulação ovariana deve ser realizada logo após a cirurgia e imediatamente antes da quimioterapia. O procedimento dura, no máximo, 10 dias e não compromete de forma alguma o tratamento do câncer. 

Com a avanço das estratégias de tratamento do câncer de mama, por exemplo, muitas mulheres jovens se curam em idade reprodutiva e ao congelarem seus óvulos poderão engravidar 2 anos após o término do tratamento. São retirados todos os óvulos produzidos pela estimulação ovariana. Logo depois, eles são levados para o laboratório, para serem congelados e armazenados.

A técnica utilizada, chamada vitrificação, consiste em mergulhar os óvulos em uma solução especial e, em seguida, fazer a imersão em nitrogênio líquido. Para preservá-los, a temperatura pode chegar a - 196°C. Com essa tecnologia, os óvulos podem ser armazenados por tempo indeterminado. O mais recomendado é que os óvulos sejam reimplantados até a idade em que a mulher entra na menopausa, entre 48 e 50 anos. 


A reimplantação é feita por meio da Fertilização in Vitro. Os óvulos são descongelados, fertilizados e os embriões produzidos são transferidos ao útero. As taxas de sucesso variam de 20% a 40% dos casos, com maior probabilidade de gravidez se a mulher tiver até 40 anos. Caso a mulher desista de engravidar, pode doar os óvulos congelados para que eles sejam transferidos para mulheres com dificuldades de concepção.

Fonte: Terra

Como descobrir o período fértil?






A ovulação é o processo de liberação, por um dos ovários, de um óvulo. É também o período fértil do seu ciclo menstrual. Todo mês, um óvulo amadurece dentro do ovário. Quando atinge um certo tamanho, o óvulo sai do ovário e passa pela trompa de falópio até o útero. De qual ovário sai o óvulo é totalmente arbitrário já que a ovulação não segue um rodízio entre os ovários em cada ciclo.


Para tentar engravidar é preciso manter relações sexuais no período de um a dois dias antes da ovulação até 24 horas depois. O espermatozoide pode viver por dois ou três dias mas um óvulo não dura mais que 24 horas depois da ovulação – a não ser que seja fertilizado. 


Se você teve relações próximo ao período de ovulação, suas chances de engravidar aumentam. Normalmente, casais férteis têm 20% de chance de engravidar a cada ciclo. Em torno de 85% das mulheres que mantém relações sexuais sem usar nenhum método anticoncepcional conseguem engravidar dentro de um ano. Você pode aumentar as suas chances de engravidar conhecendo seu ciclo e aprendendo a detectar sua ovulação e reconhecendo as mudanças que ocorrem no seu corpo nesse período. 


Esses conhecimentos também podem servir para quem quer evitar a gravidez. Claro que não é um método seguro mas pode ser usada concomitantemente com outros anticoncepcionais. 


Para saber qual o período fértil, descubra quando começará sua próxima menstruação e conte de 12 a 16 dias para trás. Esses serão os dias que provavelmente você estará ovulando. Para mulheres com ciclos de 28 dias, o 14° é normalmente o dia da ovulação. Para usar esse método é preciso saber de quantos dias é o seu ciclo. 


Mas, você também pode determinar seu período fértil de olho no seu corpo e nos sinais que ele dá quando está para ovular. 


Conforme seu ciclo progride, o muco cervical muda de volume e textura. No período mais fértil, o muco se torna mais claro e elástico. O aumento da temperatura corporal também indica fertilidade. Nesse período, a temperatura pode subir até 0,5 graus Celsius. Você não notará a diferença mas um termômetro poderá detectar essa mudança. A temperatura sobe na ovulação devido a produção de progesterona. A mulher está mais fértil dois ou três dias antes de atingir a maior temperatura. Alguns especialistas acreditam que entre 12 e 24 horas depois de notar o aumento de temperatura ainda é possível engravidar. Outros afirmam que aí já é tarde. Por isso, alguns médicos orientam que a mulher tire a temperatura durante alguns meses para formar o padrão e conseguir usar isso para detectar a ovulação. Assim, é possível ter relações dois ou três dias antes da temperatura realmente subir. 


Algumas mulheres têm mais sorte: elas conseguem sentir a ovulação. Ela surge como um desconforto abdominal, bem em baixo, que pode durar de minutos a horas e é sentido mensalmente. 


Lembre-se que o ciclo começa no primeiro dia da menstruação. Aprenda a conhecer seu corpo e boa sorte nas tentativas!


Fonte: Uol